Friday, August 12, 2011

Coréia do Norte: Economia de drogas, armas e dólares falsos


Esta semana saiu uma reportagem na NPR (National Public Radio) falando sobre a economica internacional da Coréia do Norte. O país do excêntrico  Kim-Jong-Il é notório por suas práticas economicas nada corretas, sempre apoiadas por seu parceiro ideológico e fronteiriço, a China. 

A reportagem em questão fala sobre a história de uma Norte-Coreana que, durante anos, trabalhou no departamento de “negócios internacionais” do país comunista. A reportagem evidencia que durante anos, especialmente durante os anos 80 e 90, a Coréia do Norte era um dos maiores exportadores de ópio no mundo – junto com o Afeganistão. Ela conta sobre plantações e fábricas em larga escala para processar a droga, que sempre era contrabandeada para da China e de lá para o mundo. Atualmente, o ópio já não é tão popular e a droga mais exportada passou a ser as metanfetaminas (“ice” em inglês). 

A Norte-Coreana também explicou que a Coreia do Norte é a maior falsificadora de dólares americanos no mundo. Conhecido como “super dollar”, as notas falsificadas na Coréia do Norte são sempre as de 100 dólares. Ninguém é bobo de aceitar uma nota de 100 dólares de um Norte-Coreano, e é ai que a China entra na jogada de novo. As notas são contrabandeadas para a China aonde existem compradores que, cientes da falsificação, compram cada nota falsa de 100 dólares por 60 dólares legítimos. Os contrabandistas então voltam a Coréia do Norte e devolvem os dólares trocados ao governo. Tudo é facilidato na fronteira entre China e Coréia do Norte. 

Por último, também se sabe que a Coréia do Norte é um dos maiores exportadores (ilegalmente) de armas no mundo. Para se ter uma idéia, grupos da revolução Síria acharam caixas Norte Coreanas nos bunkers dos exércitos de Khadafi que  seriam de “transmissões de tratores.” Não existem fábricas de tratores na Coréia do Norte. Ao abrir as caixas, evidentemende, encontraram granadas, bombas, metralhadoras e outras armas. Também especula-se que a Coréia do Norte possa estar exportando a tecnologia de armamento nuclear, o que seria crítico. 

Kim Jong Il é famoso por ser contrabandista. O povo Norte-Coreano não sabe, mas sabe-se que o líder comunista contrabadeia tudo o que pode. Ipods, conhaque, Mercedez-Benz e outros items de luxo são alguns dos exemplos dos contrabandos exclusivos para membros de sua família e o alto escalão Norte-Coreano. Enquanto isso, a vasta maioria dos 30 milhões de Norte-Coreanos morre de fome pelo país afora e não faz idéia do que se passa. 

Para se ter uma idéia de como a situação é crítica, a população da Coréia do Norte tem índices altíssimos de cataratas nos olhos de seus jovens. A condição se desenvolve prematuramente devido especialmente a má nutrição da população e jovens de 20 a 30 anos já estão ficando praticamente cegos – pois não existe tratamento adequado no país. 

A Norte-Coreana da reportagem conta, por último, que depois de tantas viagens de contrabando a China ela começou a notar como o padrão de vida da população (apesar de não ser dos melhores) era muito melhor do que na Coréia do Norte. Em uma de suas viagens ela foi e nunca mais voltou.