Monday, February 7, 2011

Resposta da Charada do Rei

E ai, conseguiu pensar em alguma resposta para a charada do post "There's a Flip Side to Everything?" Vamos a ela mais uma vez:

"Um velho Rei excêntrico quer passar o trono para um de seus filhos. Ele ordena que se organize uma corrida de cavalos e que o filho com o cavalo mais lento se tornará Rei. Os filhos, cada um receoso que o outro estaria trapaciando para que o cavalo corresse menos, tornaram-se ao sábio por ajuda. Com apenas duas palavras o sábio lhes diz o que fazer para que a corrida seja justa. O que disse o sábio?"

Resposta: Troquem cavalos!

Sunday, February 6, 2011

College Sports - Que diferença!

Estamos de volta com a segunda parte da coluna College Sports, que analisa as diferenças fundamentais, inclusão social e impacto econômico da cultura e estrutura esportiva universitária nos EUA. Nesta coluna estaremos falando de inclusão social, um tema importantíssimo - mais um que deveria servir de exemplo para um país enorme e cheio de talento como o Brasil.


Toda vez que penso em um exemplo de inclusão social causada pelo sistema de esporte universitário nos EUA eu me torno para uma realidade do esporte profissional. Nos EUA, se você perguntar a atletas profissionais dos mais variados esportes se eles tem diploma universitário, a maioria provavelmente vai dizer que sim. E quando eu digo provavelmente, eu falo de 90% ou mais de chance de qualquer atleta profissional ser formado em uma faculdade - estatística essa impressionante e que fala por sí mesma. 

Essa jornada evidentemente começa no high-school, aonde o sistema público é muito mais bem estruturado e abrangente do que no Brasil atendendo a uma camada maior e diversa da população. Ou seja, mesmo os menos privilegiados tem a oportunidade de inscrever seus filhos em bons colégios com excelente estrutura de aprendizado e atividade esportiva competitiva. O que colégios e faculdades fazem para incentivar o foco na educação? Tanto no colégio quanto na faculdade o atleta precisa manter uma média geral satisfatória (que varia de instituição para instituição) para ser elegível no esporte. O desenvolvimento é na sala de aula e no campo.

O estudante-atleta que chega ao nível universitário é aquele que se destacou no nível do high-school; the best of the best. Esses atletas estão acostumados também com a cultura de treinos e disciplina que existe em uma equipe competitiva. Estão acostumados com técnicos (no futuro, chefes), situações de superação, dor, alegria, tolerância, e liderança que acontece no dia-a-dia do atleta. Na faculdade, os seus limites serão testados... e além da disciplina, o estudante-atleta aprender a ser profissional. Os melhores por muitas vezes estão estudando com 100% de bolsa em excelentes faculdades. Este "contrato" e o nível de competição os incentiva ao profissionalismo. Se um atleta quiser jogar esporte universitário em alto nível e ser bem sucedido ele terá de ser profissional. E aprendem; dentro e fora de campo. 

E os que aprendem dentro de campo, jogam em alto nível, desfrutam da estrutura incrível do esporte universitário, e podem acabar chegando nos drafts das ligas profissionais americanas. Como essa informação é toda muito divulgada pelas ligas universitárias, muitos jogadores já são cobiçados antes mesmo de começarem os drafts. Por algumas vezes, são cobiçados durante a faculdade e poucas vezes cobiçados durante o high-school (caso de Kobe Bryant, Lebron James e Dwight Howard). 

O simples fato da existência de um sistema de cooperação entre esporte/educação de primeiro mundo, com apoio comunitário, faz com que a demanda para atingir o objetivo de uma educação universitária seja maior. Principalmente quando o instrumento para atingir tal objetivo é o esporte em alto nível. E lembrem-se que estamos falando dos mais variados esportes, tanto os "normais" (Basquete, Futebol, Baseball e etc) quanto olímpicos, pois colégios e faculdades tem das mais variadas equipes esportivas.


Inclusão Social: A história de Michael Oher ficou conhecida no filme "Blind Side." Oher atualmente joga na NFL pelo Baltimore Ravens.

Nos EUA também existe a recente cultura de que os atletas profissionais tem que ter um mínimo de educação universitária para poder jogar nas ligas profissionais. Algumas ligas determinam que atletas tenham que jogar um mínimo de temporadas universitárias para inscrever-se no draft, por exemplo. Essa preocupação existe devido ao crescente número de atletas profissionais que chegam a falência e/ou não atingem sustentabilidade durante ou pós carreira. Da pra ver que eles se preocupam com o ciclo do atleta inteiro, do início ao fim; de atleta-estudante, para atleta-profissional, até ex-atleta cidadão.  

Enfim, está explicado porque os EUA sempre ganham as Olimpíadas?